Primórdios com os Vikings
Essa é uma história antiga. Começa lá com os Vikings. Esse povo, guerreiro e experiente em navegação, já sabia das vantagens deste projeto de construção, empregado por eles nos seus drakkars e knarrs.
(Ilustração: Marsemfim.com.br/arstechnica.com)
Dos Estados Unidos para os Açores
A combinação de resistência e baixo peso oferecida pela técnica encantou os baleeiros do Estados Unidos, que popularizaram o bote no arquipélago dos Açores, importante entreposto baleeiro nos séculos XVIII e XIX.
(Ilustração: museudabaleia-newbedford.org)
Chegada ao Brasil
A chegada da baleeira ao Brasil se deu por meio dos açorianos, que em meados do século XVIII colonizaram parte do litoral de Santa Catarina. Até o século XX ela foi utilizada nas armações da região para a pesca da baleia franca austral. Em 1973, a prática foi tornada ilegal, depois de quase extinguir a espécie.
(Foto: blogs.ibahia.com/a/blogs/memoriasdabahia/)
Litoral Catarinense
A essa altura, a baleeira já estava consagrada entre os habitantes do litoral catarinense como uma embarcação leve, ágil e segura. Além de servir para caçar baleias, ela também era usada para pesca e transporte de cargas e pessoas, desde os tempos da navegação a remo e à vela.
(Foto: autor desconhecido.)
Pesca, passeios e futuro em risco
Ainda hoje é usada para pesca profissional ou amadora, nas baías de Florianópolis ou em mar aberto. Sua boa navegabilidade também faz dela uma bela opção para passeios. Mas seu futuro pode estar em risco. Ela já não é mais construída, pois utiliza madeiras que não podem mais ser extraídas por serem protegidas pela legislação ambiental. Além disso, os métodos de construção da baleeira estão preservados apenas na memória de mestres artesãos. É o epílogo de uma história que este site procura preservar, mesmo que em parte.
(Foto: Cristina Gallo/Baleeiras da Ilha)